12 de fev. de 2009

Resenha: Ratos de Porão, Paura, Chemical Disaster e Repulsão Explícita; Royal Mercúrio 07/02/2009

Por Renato Podrão.

Ratos de Porão, Paura, Chemical Disaster e Repulsão Explícita; Royal Mercúrio 07/02/2009

Um começo de ano promissor para a cena.

Para começar quero parabenizar a organização do evento, pois há tempos não havia um show de som pesado com a divulgação maciça e não virtual (lambe-lambes por toda a baixada e chamadas na rádio “rock”); queira ou não isso faz com que mais pessoas tomem conhecimento do evento e mostra que a baixada tem mais do que funk e forró rolando em suas casas de show.

Alem disso, as bandas de estilo variados porém relacionados trouxe galeras de vários estilos e de todas as cidades da baixada, outra grande sacada que ajudou no sucesso do evento.

Logo no “esquenta” em um barzinho embaixo da Royal já tive a oportunidade de encontrar quase todo mundo que conheço na cena e conhecer ainda mais pessoas envolvidas com o metal, a confraternização foi geral e a galera literalmente secou o estoque de cerveja do bar.

Dentro da casa, que como sempre mostrou sua qualidade com um bom sistema de ar condicionado, bons equipamentos de som e cerveja bem gelada e infinita(sem ser demasiadamente cara) a noite já foi se mostrando histórica quando o Repulsão Explícita iniciou seu set.

Mostrando muito carisma e competência em seu estilo crossover que flerta com o hardcore, com o grindcore e com o thrash metal de raiz, mesmo com a casa ainda enchendo os caras detonaram e abriram as primeiras de muitas rodas.

Depois foi a vez dos caras do Chemical Disaster destilarem seu death metal old school sem dó, emendando uma música após a outra, verdadeiros petardos que fizeram a cabeça dos headbangers que prestigiaram o evento. Eu pessoalmente que sou muito fã dos caras e estive nos últimos shows deles aqui em Santos posso dizer que eles continuam em grande forma sem alterar seu estilo de sempre: Incisivo, cru e extremo.

Após esses petardos veio o Paura, banda que me surpreendeu bastante pois esperava um som mais na linha do Metalcore que eles mostraram em seus últimos trabalhos de estúdio, mas ao vivo o som saiu bem mais pesado e também abriu rodas violentas na frente do palco. A essa hora a casa já estava lotada e os primeiros chapados já começavam a causar.

Quando o R.D.P. subiu ao palco já era impossível andar pela casa sem esbarrar em ninguém ou tropeçar em latas de cerveja vazias, os caras subiram empolgados e começaram a emendar um clássico atrás do outro numa velocidade absurda, levando a galera literalmente à loucura. Os stage dives foram muitos e começaram a atrapalhar a banda, o próprio João Gordo acabou se irritando com um cara(inclusive amigo meu) porém nada comparado com a atitude de um retardado que ao subir no palco acertou um soco na boca do guitarrista Jão. Essa atitude foi lamentável sendo o tipo de coisa que denigre a nossa cena, sendo intencional ou não. Além disso houve outro imbecil (senão o mesmo) que ao ser impedido de subir no palco por um roadie atirou um boné em sua direção e saiu correndo, mostrando ser um total comédia.

Não há como negar que isso desanimou os caras, eles terminaram seu set já com uma postura meio hostil e tenho certeza que ficou uma má impressão. Espero que eles possam ler esta resenha para ver que esse tipo de coisas são fatos isolados que não são corriqueiros em nossos shows, afinal covardes e idiotas infelizmente existem em todo lugar.

Ao final fora isso não houve confusões e fora alguns feridos e chapados passando mal, a noite rolou tranqüila, e foi um incentivo para quem quer investir na cena. Tenho Certeza que essa iniciativa deixou sementes e foi um grande incentivo para as bandas da região investirem em suas carreiras pois boas oportunidades estão surgindo.

Valeu galera e até a próxima.

Abraços crossovers para todos!!!

Renato Podrão. (renatoembrace@gmail.com)

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