15 de jun. de 2009

Resenha: Krisiun no Space Rock 10/06

Brutal, essa é a palavra para este show que trouxe grande honra e orgulho para a cena extrema da baixada.
Quarta-feira, véspera de feriado e uma chuva que encheu o saco o dia inteiro deu uma trégua lá pelas 9 da noite e às 10 a galera já começou a chegar em peso.
Como primeiro opening act foram escalados os guerreiros do Evil Black Embrace. Representando o Brutal Death Metal da região com um set mesclando músicas próprias e seu já tradicional tributo ao Brujeria, o mosh começou a comer solto. Isso porque nem um terço do público se encontrava presente durante sua apresentação.
Depois foi a vez da verdadeira "Obra das trevas", com seu Celtic Black Metal o Opus Tenebrae também representou com muita honra a cena metálica santista. Executaram seu set com bastante competência com destaque para a música Aurea Hispanya e o cover do Amon Amarth Runes to my memory que levou a galera ao delírio.
Seguindo a linha temática sobre mitologia nórdica do supracitado Amon Amarth, os vikings da Hugin Munin mostraram bastante competência em seu set próprio que traz uma mescla de Trash Metal, Death Metal e Heavy tradicional, com certeza uma banda que leva a sério seu trabalho e fechou a sequencia de bandas locais no evento de forma honrosa.
Bandas estas que foram escaladas pelo produtor Marcelo Oliveira da Fábrica do Rock com muito merecimento, pois com certeza são as que mais têm tocado ultimamente e mostraram estar muito coesas no palco, apesar do som estar bastante embolado e o retorno para os músicos no palco estar quase nulo, situação essa que derrubaria qualquer banda menos ensaiada.
Por volta de 1:30 e com a casa lotada, os gigantes do Brutal Death Metal subiram ao palco com muita garra, energia e técnica. É realmente incrível a capacidade do power trio gaúcho de com apenas três instrumentos fazerem uma verdadeira tempestade sonora.
Com um set list que dava ênfase para as músicas dos últimos álbuns, mesmo com os mesmos problemas no som já citados eles mandaram uma sequencia matadora de petardos que eram intercalados pelas discursos de honra ao metal, de fidelidade ao estilo e de reconhecimento aos fãs que os acompanham por estes já quase 20 anos de estrada.
E para finalizar, mostrando total comprometimento aos fãs que gritavam furiosamente "Black Force Domain", eles executaram este clássico do seu primeiro full-lenght que não consta em seu set habitual. Totalmente na raça e apenas para mostrar seu respeito aos seguidores, não tiveram medo de sair do que estava mais ensaiado; atitude esta muito louvável que bandas muitas vezes até bem menos relevantes que o Krisiun não têm coragem de tomar.
Ao final mais uma vez mostrando respeito e carisma com seu público; Alex, Moysés e Max desceram no bar e tiraram fotos, autografaram cds, conversaram sem nenhuma afetação nem frescura muito menos demagogia pois estava bem claro que eles fazem isso porque essa é a cara deles. Uma verdadeira lição para aquelas bandas que mal saíram das fraldas e após seus shows vão para suas "baladas de playboy" (segundo palavras do próprio Alex) mal conversam com ninguém e se dão ao luxo de ignorar quem procura um contato mais direto; é por isso que eu sempre disse e continuo reafirmando: o Krisun representa o que é o Death Metal na essência.
Concluindo, esse evento mostrou que a cena continua forte e é na mescla de novos e antigos guerreiros que será pavimentado o futuro do metal da região.
Black force still domains!!!!!!!!!!!!

P.S. em breve porto as fotos.

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